"Uma oração sem fé é uma fórmula vazia. Quem é tolo a ponto de perder tempo pedindo algo em que não crê?
A fé é o manancial; a oração, o riacho. Como pode correr o riacho se o manancial está seco?"
(Santo Agostinho)

domingo, 26 de dezembro de 2010

ORAÇÃO A NOSSO SENHOR JESUS CRISTO


Ó Jesus meu, filho amoroso da Santíssima Virgem Maria e ao mesmo tempo Filho único de Deus; Deus verdadeiro e eterno, junto com o Pai que no seio da sua natureza infinita Vos formou, dando-Vos o Seu próprio ser, e com o Espirito Santo, procedente do Pai e de Vós, espirito de ambos e subsistente amor Vosso, eu Vos adoro e reconheço pelo meu único e verdadeiro Deus, Criador do Universo ao qual conservais e governais com infinita sabedoria, bondade soberana e supremo poder! Suplico-vos, Senhor, pelos méritos da Vossa Sacratíssima humanidade, que me purifiqueis com o Vosso sangue, de todos os meus pecados; que derrameis sobre mim a abundância do Vosso Espirito junto com as virtudes e os dons; que me concedais a graça de crer e esperar em Vós de amar-Vos sobre todas as coisas, de que todas as minhas acções sejam merecedoras da vida eterna, e a graça, sobre todas apreciável, de possuir-Vos eternamente na glória com os Vossos anjos e santos. Amen.

(Por decreto do Santo ofício de 22 de Janeiro de 1914, Sua Santidade o Papa São Pio X se dignou conceder in perpetuum 100 dias de indulgência, aplicáveis em sufrágio ás almas do purgatório, a todos os fiéis que devotos e contritos, rezarem uma vez ao dia a oração anterior)

Retirado de: A Suma Teológica em Forma de Catecismo

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL

«Glória a Deus nas alturas e paz
na terra aos homens,
do Seu agrado».
(Lc. 2, 14)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

ORAÇÃO DE SANTO AFONSO À SENHORA IMACULADA


Ó minha Senhora, minha Imaculada, alegro-me conVosco por ver-Vos enriquecida de tanta pureza. Agradeço e proponho agradecer sempre o nosso comum Criador por ter-Vos Ele preservado de toda mancha de culpa. Disso tenho plena convicção, e para defender este Vosso tão grande e singular privilégio da Imaculada Conceição, juro dar até a minha vida. Estou pronto a fazê-lo, se preciso for. Desejaria que o mundo universo Vos reconhecesse e confessasse como aquela formosa aurora, sempre adornada da divina luz; como aquela arca eleita de salvação, livre do comum naufrágio do pecado; como aquela perfeita e imaculada pomba, qual Vos declarou Vosso divino Esposo; como aquele jardim fechado, que foi as delícias de Deus; como aquela fonte selada, na qual o inimigo jamais pode entrar para turvá-la; como aquele cândido lírio, finalmente, que, brotando entre os espinhos dos filhos de Adão, enquanto todos nascem manchados da culpa e inimigos de Deus, Vós nascentes pura e imaculada, amiga de Vosso Criador.

Consenti, pois, que ainda Vos louve, como Vos louvou Vosso próprio Deus: Toda Sois formosa e em Vós não há mancha. Ó pomba puríssima, toda cândida, toda bela, sempre amiga de Deus! Dulcíssima, amabilíssima, imaculada Maria, Vós que sois tão bela aos olhos do Senhor, não recuseis olhar com Vossos piedosíssimos olhos as chagas tão asquerosas de minha alma.


Olhai-me, compadecei-Vos de mim, e curai-me. Ó belo ímã dos corações, atraí para Vós também este meu miserável coração. Tende piedade de mim, que não só nasci em pecado, mais ainda depois do batismo manchei minha alma com novas culpas, ó senhora, que desde o primeiro instante de Vossa vida aparecestes bela e pura aos olhos de Deus. Que graça Vos poderá negar o Deus que Vos escolheu para Sua Filha, Sua Mãe e Sua esposa, e por essa razão Vos preservou de toda mancha? Virgem Imaculada, a Vós compete salvar-me, dir-Vos-ei com S. Filipe Néri. Fazei que me lembre de Vós; e não Vos esqueçais de mim. Parece tardar mil anos o momento de ir contemplar Vossa beleza no Paraíso, para melhor louvar-Vos e amar-Vos, minha Mãe, minha Rainha, minha Amada, belíssima, dulcíssima, puríssima, imaculada Maria. Amém.

Nota do livro: Santo Afonso escreveu o presente livro em 1750, portanto 104 anos antes da promulgação do dogma da Imaculada Conceição. Com este seu trabalho, e com outros escritos ascéticos, contribuiu muitíssimo para mais este triunfo de nossa Senhora.

(Glórias de Maria, Santo Afonso Maria de Ligório, editora Santuário, 18ª edição)

Retirado: http://a-grande-guerra.blogspot.com/2010/12/oracao-de-santo-afonso-senhora.html

VIII DE DEZEMBRO

FESTA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA

Tota pulchra es, amica mea, et macula non est in te -- «Tu és toda formosa, amiga minha, e em ti não há macula» (Cant. 4, 7).

Sumario. Conveio sumamente ás três pessoas divinas preservar Maria da culpa original. Conveio ao Pai, por ser ela sua Filha primogénita. Conveio ao Filho, porque queria encarnar no seio puríssimo de Maria. Conveio ao Espirito Santo, porque a tinha escolhido para sua castissima Esposa. Façamos um acto de viva fé em tão singular privilégio de Maria, e rendamos graças á Santíssima Trindade, por haver honrado a tal ponto a nossa Mãe. Regozijemo-nos também com a Menina imaculada, e ponhamos nela toda a nossa confiança.

I. Conveio sumamente ás três divinas preservar Maria da culpa original. Conveio ao Pai, por ser Maria a sua Filha primogénita. Como Jesus foi o primogénito de Deus: Primogenitus omnis creaturas [2], assim Maria, destinada a ser a Mãe de Jesus, foi sempre considerada como primogénita de Deus por adopção, e por isso Deus a possuiu sempre pela sua graça: Dominus possedit me in initio viarum suaram [3] -- «O Senhor me possuiu no principio dos seus caminhos». Para a honra do Filho conveio portanto que o Pai preservasse a Mãe de toda a mácula do pecado.

Conveio que o Filho tivesse uma Mãe imaculada. Ele mesmo a escolheu por mãe. Não se pode crêr que um filho, podendo ter uma mãe por rainha, a quizesse escrava. Como então imaginar que o Verbo Eterno, podendo ter uma Mãe imaculada e sempre amiga de Deus, a quizesse manchada e algum tempo inimiga de Deus? – Ainda mais , diz Santo Agostinho: Caro Christi caro est Marie -- «A carne de Cristo é a carne de Maria». Sim o Filho de Deus teria horror de se encarnar no seio de uma Santa Inês, de uma Santa Gertudes, de uma Santa Teresa, pois estas virgens santas, antes do Baptismo estiveram manchadas pelo pecado, de modo que o demónio teria podido lançar-lhe ao rosto que possuia a mesma carne, que já algum tempo lhe estivera sujeita. Mas Jesus não teve horror de incarnar-se no seio de Maria (Non horruisti virginis uterum), porque Maria foi sempre pura e imaculada. – Acrescenta Santo Tomás que Maria foi preservada de toda a culpa actual, posto que venial, porque sem isso não teria sido digna Mãe de Deus. Ora, quanto menos digna teria sido, se tivera sido manchada pelo pecado original, que torna a alma odiosa aos olhos de Deus?

II. Conveio ao Espirito Santo que a sua Esposa predilecta fica-se imaculada. Sendo decretada a redenção dos homens, caidos no pecado, quiz que esta sua Esposa fosse remida de um modo mais nobre, preservando-a de cair em pecado. Se Deus preservou da corrupção o corpo morto de Maria, quanto mais não devemos crêr que preserva-se a alma da Virgem, da corrupção do pecado? – Por isso o Esposo divino a chamou horto fechado e fonte selada; porque na alma bendita de Maria os inimigos nunca penetraram. Elogiou-a ainda, chamando-a toda formosa, sempre amiga e toda pura: Tota pulchra es, amica mea, et macula non est in te [1] -- «És toda formosa, amiga minha, e em ti não há mancha».

Ó minha Senhora formosissima! Alegro-me de vêr-vos tão querida de Deus pela vossa pureza e formosura; e dou graças a Deus por vos haver preservado de toda a culpa. Ah, minha Rainha, já que sois tão amada pelas Pessoas da Santíssima Trindade, não recuseis lançar um olhar sobre a minha alma tão manchada pelos pecados, e obter-me de Deus o perdão e a salvação eterna. Guardai-me e mudai-me . Com a vossa doçura atraiste tantos corações ao vosso amor, atrai também o meu coração, afim de que de hoje em diante não ame senão a Deus e a vós. Sabeis que em vós tenho posto todas as minhas esperanças. Minha amadíssima Mãe, não me desampareis. Assisti-me sempre com a vossa intercessão, primeiro na minha vida e depois especialmente na minha morte. «Ó Maria, vós que entrastes no mundo sem mancha, alcançai-me de Deus que possa deixá-lo sem culpa.» [2] Fazei com que eu morra invocando-vos e amando-vos, a fim de vos ir amar para sempre no paraiso.

«Ó Deus, que pela Conceição imaculada da Virgem Maria preparastes a vosso Filho digna morada, concedei-me por sua intercessão que, assim como, pela previsão da morte desse vosso Filho, a preservastes de toda a mancha de pecado, eu possa chegar a Vós com o coração puro.» [1] Fazei-o pelo amor do mesmo Jesus cristo.

Retirado de: MEDITAÇÕES de Santo Afonso Maria de Ligório - Tomo I

sábado, 4 de dezembro de 2010

ORAÇÃO PELO PAPA

Ó Jesus, cabeça invisível da Santa Igreja, que a fundastes sobre uma firme pedra e prometestes que as portas do inferno não prevalecerão nunca contra Ela, conservai, fortificai e guiai aquele que lhe destes por cabeça visível.


Fazei que ele seja o modelo do Vosso rebanho, assim como é o seu pastor. Seja ele o primeiro pela sua santidade, doutrina e paciência, assim como o é pela sua alta dignidade. Seja ele o digno vigário da Vossa caridade, assim como o é da Vossa autoridade.

Inspirai-lhe um zelo ardente da Vossa glória, da salvação das almas e da santa Religião. Dai-lhe coragem invencível para opor-se aos estragos do erro e da impiedade. Dai-lhe a plenitude do Vosso espírito, para conduzir a barca agitada da Vossa Santa Igreja através dos escolhos que a cercam.

Consolai o seu coração aflito, sustentai a sua alma abatida, fazei voltarem as suas ovelhas desgarradas.

Ajudai-o a levar o peso da sua alta dignidade e de todos os trabalhos que a acompanham.

Dignai-Vos, ó meu Deus, escutar benigno os votos que Vos dirigimos por ele, e concedei-lhe longos anos, para aumentar a Vossa glória e o triunfo da Vossa santa Religião. Amém.

V: Oremos pelo nosso Sumo Pontífice (Bento XVI)

R: O Senhor o conserve, vivifique e beatifique na terra, e não o entregue nas mãos dos seus inimigos. Amém.

Pai nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

(Indulgência parcial)

Jesus, Nosso Senhor, cobri com a proteção do Vosso divino Coração o nosso santíssimo Padre (Bento XVI), e sede a sua luz, a sua força e o seu consolo.

(Indulgência parcial)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

APARIÇÃO DE JESUS RESSUSCITADO A SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA

Secundum multitudinem dolorum meorum in corde meo, consolationes tuae laetificaverunt animam meam -- «Segundo as muitas dores que provou o meu coração, as tuas consolações alegraram a minha alma» (Ps. 93, 19).

Sumario. Era de justiça que Maria Santíssima, que mais do que qualquer outro tomou parte na Paixão de Jesus Cristo, fosse também a primeira a gozar da alegria da sua ressurreição. Imaginemos vê-la no momemnto em que lhe aparece o divino Redentor glorificado, acompanhado de grande multidão de Santos, entre os quais São José, São Joaquim e Santa Ana. Oh! Que ternos abraços! Que doces colóquios! Alegremo-nos com a nossa querida Mãe e digamos-lhe: Regina Coeli, laetare, aleluia -- «Rainha dos céus, alegrai-vos, aleluia!».

I. Entre as muitas coisas que Jesus Cristo fez, e os Evangelistas passaram em silêncio, deve, com certeza, ser contada a sua aparição a Maria Santíssima logo em seguida á sua ressurreição. Nem necessidade havia de referi-la, porquanto é evidente que o Senhor, que mandou honrar pais e mães, foi o primeiro a dar o exemplo, honrando sua Mãe com a sua presença visivel. Demais, era de inteira justiça que o divino Redentor glorificado fosse, antes de mais ninguém, visitar a Santíssima Virgem; afim de que, antes dos outros e mais do que estes, participasse da alegria da ressurreição quem mais do que os outros participará da paixão.

Um dia e duas noites a divina Mãe ficou entregue á dor pela morte do Filho, mas firme e imóvel na fé da ressurreição; e quando começou a alvorecer o terceiro dia, posta em altíssima contemplação começou com ardentes suspiros a suplicar ao Filho que abrevia-se a sua vinda.

Enquanto está assim absorta nos seus veementissimos desejos, eis que o seu divino Filho se lhe manifesta em toda a sua glória e claridade; fortalecendo-lhe a vista, tanto a do corpo como a da alma, para que fosse capaz de vêr e de gozar a divindade. Oh! Com tão bela aparição como não devia sentir-se satisfeita e contente! Quão ternamente não deviam abraçar-se Filho e Mãe! Quão doçes e sublimes não devia ser os coloquios que trocavam!

Avizinhemo-nos, em espirito, de Nossa Senhora, que é também nossa Mãe, e roguemos-lhe que nos permita beijar as chagas glorificadas de Jesus Cristo. – Colhamos deste mistério, como são recompensados por Deus aqueles que acompanham Jesus até ao Calvário, quer dizer, que lhe são fieis nas tribulações. Cada um pode fazer suas as palavras da Bemaventurada Virgem: Secundum multitudinem dolorum meorum, consolationes tuae laetificaverunt animam meam -- «Segundo as minhas muitas dores, as tuas consolações alegraram a minha alma».

II. Em companhia de Jesus, seu Filho, a divina Mãe viu grande numero de Santos, entre os quais o seu Esposo São José, e os seu santos pais, Joaquim e Ana. – Alegraram-se todos com ela, reconhecendo-a por verdadeira Mãe de Deus e agradecendo-lhe os trabalhos e dores sofridas pela Redenção de todos. – Oh! Que satisfação não devia sentir a Virgem, vendo o fruto da Paixão do Filho em tantas almas resgatadas do limbo. Enquanto ela se regozija com Jesus Cristo por tão grande conquista, os anjos ali presentes, ledos e jubilosos, solenizam o dia cantando com melodia celeste: Regina Coeli, laetare, aleluia -- «Rainha do céu, alegrai-vos, aleluia».

Unamo-nos aos coros dos anjos, unamo-nos com todos os fieis da Igreja, para nos congratularmos com a divina Mãe, e cantemos também: Regina Coeli, laetare, aleluia.

«Rainha do céu, alegrai-vos; porque o que merecestes trazer no vosso puríssimo seio, ressuscitou como disse.

Alegrai-vos, mas ao mesmo tempo, rogai por nós, para que sejamos dignos de ir cantar um dia no reino da glória o eterno aleluia.

«É o que vos peço também, ó Eterno Pai. Sim, meu Deus, Vós que Vos dignastes alegrar o mundo com a ressurreição do Vosso Filho e Senhor nosso Jesus Cristo, concedei-nos, Vos suplicamos, que pela Virgem Maria, sua Mãe, alcancemos os prazeres da vida eterna. Fazei-o pelo amor do mesmo Jesus Cristo.» [1]

[1] Antifona Tempo Pascal

Retirado de: MEDITAÇÕES de Santo Afonso Maria de Ligório - Tomo II

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

INEFÁVEL DIGNIDADE DE MARIA


De qua natus est Iesus, qui vocatur Christus -- «Da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo» (Mat. 1, 16).

Sumario: É tão grande a dignidade de Maria como mãe de Jesus Cristo, que só Deus com a sua sabedoria infinita a pode compreender; mas toda a omnipotência não pode fazer outra maior. Façamos um acto de viva fé acerca desta divina maternidade; alegremo-nos com a Santíssima Virgem, e aumentemos a nossa confiança nela, porquanto de certo modo nos é devedora da sua altíssima dignidade.

I. Para compreender a altura a que Maria foi sublimada, mister se faria compreender quão sublime é a alteza e a grandeza de Deus. Bastará dizer que Deus fez a Santíssima Virgem, mãe do seu Filho para ficar entendido que Deus não a pode elevar mais alto do que a elevou. Bem disse Santo Arnaldo Carnotense que Deus, fazendo-se filho da Virgem, sublimou-a acima de todos os Santos e Anjos. Ainda que, em verdade, ela seja infinitamente inferior a Deus, ao mesmo tempo está imensa e incomparávelmente acima de todos os espiritos celestiais, como fala Santo Ephrem. Por este motivo lhe diz Santo Anselmo: Senhora, vós não tendes quem vos seja igual, porque tudo quanto há, está acima ou abaixo de vós; só Deus vos é superior, e todos os mais são inferiores.

Numa palavra, é tão grande a dignidade da Virgem, que, se bem que Deus só com a sua sabedoria infinita a possa compreender, todavia, no dizer de São Boaventura, com toda a sua omnipotência não pode fazer outra maior – Ipsa est qua maiorem facere non potest Deus. – Quem considerar isto, deixará de estranhar porque os santos Evangelistas, que tão difusamente registram os louvores de um João Baptista, de uma Madalena, tão escassos se mostram em descrever as grandezas de Maria. Tendo dito que desta eximia Virgem nasceu Jesus: de qua natus est Iesus, não julgaram necessário acrescentar outra coisa; porque neste seu maior privilégio se acham incluidos os demais. Qualquer titulo que se lhe dê, nunca chegará a honrá-la tanto quanto o de Mãe de Deus.

Façamos um acto de viva fé na maternidade divina de Maria, alegremo-nos com ela, agradeçamos a Deus por Ela e protestemos que estamos prontos a dar a nossa vida em defesa desta verdade, como de todas as outras que lhe dizem respeito.

II. Diz Santo Anselmo que é mais pelos pecadores do que pelos justos que Maria foi sublimada a Mãe de Deus; do mesmo modo que Jesus disse de si próprio que veio para chamar, não os justos, senão os pecadores. A divina Mãe tem, pois, uma certa obrigação de socorrer os miseráveis que se lhe recomendam, porquanto é a eles que é, por assim dizer, devedora da sua altíssima dignidade: Totum quod habes, peccatoribus debes[1]. – Congratulemo-nos. Portanto, com Maria, sim; mas congratulemo-nos também com nós mesmos e ponhamos nela toda a nossa esperança.

Ó Mãe de Deus, eis aqui a vossos pés um miserável pecador, que a Vós recorre e em Vós confia. Não mereço que lanceis sobre mim o vosso olhar; mas sei que vendo vosso Filho morto para a salvação dos pecadores, tendes um extremo desejo de ajudá-los. Ó Mãe de misericórdia, vede as minhas misérias e tende piedade de mim. Ouço que todos vos chamam refugio dos pecadores, esperança dos que desesperam: sede também o meu refugio, a minha esperança, o meu auxilio. Deveis salvar-me com a vossa intercessão. Socorrei-me pelo amor de Jesus Cristo. Extendei a mão a um pobre caido que se recomenda a vós. Sei que é a vossa consolação ajudar um pecador, quando é possivel; ajudai-me, pois, já que o podeis fazer. Pelos meus pecados perdi a graça divina e a minha alma. Entrego-me nas vossas; dizei-me o que hei-de fazer para de novo entrar na graça do meu Senhor; quero fazê-lo sem demora. Ele me envia a vós, para que me socorrais, quer que eu me refugie na vossa misericórdia, afim de que eu me salve não sómente pelos méritos de Vosso Filho, mas também pelas vossas orações. A vós recorro; e vós rogai por mim. Mostrai como sabeis valer a quem confia em vós. Assim espero, assim seja.

Retirado de: MEDITAÇÕES de Santo Afonso Maria de Ligório - Tomo I

terça-feira, 23 de novembro de 2010

GRANDEZAS INEFÁVEIS DE MARIA SANTÍSSIMA

Ego ex ore Altissimi prodivi, primogenita ante omnem creaturam -- «Eu sai da boca do Altíssimo, a primogénita antes de toda a criatura» (Ecclus. 24, 5).

Sumario. Assim como o divino Redemptor, a Santíssima Virgem pode ser chamada Filha primogenita de Deus. Primogenita na ordem da natureza; porque na criação do universo, depois da gloria de si mesmo e de Jesus Cristo, o Senhor tem em mira a de Maria. Primogenita na ordem da graça; porque mais que qualquer outro foi cheia de todas as graças celestiais. Promogenita na ordem da gloria, por ser Rainha de todos os Santos. Façamos um acto de fé acerca de todas estas grandezas da divina Mãe; demos graças a Deus em seu nome e pelos nossos obsequios procuremos desagrava-la de todos os ultrages que recebe.

I. É com razão que a Igreja põe na boca da Santíssima Virgem este elogio da divina Sabedoria: Eu sai da boca do Altíssimo como a primogenita; porquanto semelhante a Jesus Cristo, ela é verdadeiramente a Filha primogenita de Deus, na ordem da natureza, da graça e da gloria.

Primogenita na ordem da natureza, não quanto ao tempo, mas, como afirma São Bernardo, quanto á intenção; porque o eterno Artifice, projectando a formação do universo, dirigiu tudo, depois da sua propria gloria e depois da de Jessus Cristo, para a gloria de Maria. – Por isso se diz de Maria que ela não somente escolheu as coisas mais excelentes, mas d’entre as coisas mais excvelentes a óptima parte; porque o Senhor a dotou, em grau supremo, de todos os dons gerais e particulares conferidos ás demais criaturas: Optimam partem elegit [1].

Maria é também a promogenita de deus na ordem da graça; porque, sendo destinada a ser Mãe de Deus, foi desde o primeiro instante da sua imaculada Conceição, tão enriquecida de graças, que levava vantagem a todos os anjos e santos juntos. – Nem deixou o grande cabedal de graças desaproveitado; mas, como estivesse dotada do uso perfeito da razão desde o seio de sua mãe, começou desde logo e continuou sempre a faze-lo rendoso, e mesmo, como dizem os teologos, a duplica-loem cada momento da sua longa vida. De sorte que ela pode dizer com verdade: Senhor, se não Vos amei tanto como o mereceis, pelo menos Vos amei quanto me foi possivel.

Se é certo, como é certissimo, que Deus retribuirá a cada um segundo as sua obras [2], segue-se a Bem-aventurada Virgem é a primogenita de Deus também na ordem da gloria; gozando, em contraste dos outros santos, uma beatitude plena e completa sob todos os pontos de vista. «De tal modo», diz São Basilio, «que, como o explendor do sol, a nosso ver, excede o brilho de todas as estrelas juntas, assim a gloria da divina Mãe é superrior ao de todos os bem aventurados.» -- Façamos um acto de viva fé, e regozijemo-nos com Maria pela sua triplice primogenitura; em seu nome demos graças a Deus. Ao mesmo tempo congratulemo-nos connosco, porque a grandeza de uma Mãe redunda em honra e vantagem dos filhos: Gloria filiorum patres eorum [3].

II. Apesar de ser Filha primogenita de Deus na ordem da natureza, da graça e da gloria, Maria santíssima é pouco, muito pouco venerada pela maior parte dos homens.

Nem mesmo faltam homens desnaturados que chegam a blasfemar contra ela. – Se nos quizermos mostrar dignos filhos de tão grande Mãe, não basta que nos abstenhamos de a ofender; devemos também quanto estiver ao nosso alcance, espalhar por palavras e exemplos a sua devoção, e reparar as ofensas que lhe são feitas.

Digamos-lhe, portanto, com amor:

«Gloriosissima Virgem, Mãe de Deus e nossa Mãe, Maria, volvei o vosso olhar piedoso para nós, pobres pecadores, que, aflitos pelos muitos males que nos cercam na vida presente, sentimos dilacerar-se o nosso coração ao ouvir as injurias e blasfemias atrozes que muitas vezes ouvimos vomitar contra vós, ó Virgem Imaculada.

Oh! Quanto ofendem aquelas palavras impias á Magestade infinita de Deus e de seu Filho unigenito, Jesus Cristo!

Quanto provocam a sua indignação e nos fazem temer os efeitos terriveis da sua vingança! Se com o sacrificio da nossa vida pudessemos impedir tantos ultrages e blasfemias, sacrifica-la-iamos de boa vontade, porque ó Mãe Santíssima, desejamos amar-vos e venerar-vos de todo o coração, já que é esta a vontade de Deus. E porque vos amamos, faremos quanto nos for possivel, para que de todos sejais honrada e amada.

Entretanto, ó Mãe piedosa, soberana consoladora dos aflitos, aceitai este acto de reparação que vos oferecemos em nosso nome e no de todos os nossos; também por todos aqueles que, não sabendo o que dizem, blasfemam impiamente contra vós; afim de que, impetrando de Deus a conversão deles, torneis mais patente e gloriosa a vossa piedade, o vosso poder, a vossa grande misericordia; e eles se unam connosco para vos proclamar a bendicta entre as mulheres, a Virgem Imaculada, a piodosissima Mãe de deus.»

Retirado de: MEDITAÇÕES de Santo Afonso Maria de Ligório - Tomo III

Peço perdão, amanhã farei a correcção do texto

domingo, 14 de novembro de 2010

TERÇO PELAS ALMAS DO PURGATÓRIO


Início: O sinal da cruz

Oferta:

Meu Deus, pelo dulcíssimo Coração de Maria, eu vos ofereço todas as indulgências que puder ganhar, e rogo-vos que as apliqueis às almas ( ou à alma de....) do Purgatório. Amém.

Reza-se, dizendo em cada conta do terço comum as duas orações seguintes, que são ao mesmo tempo as mais curtas e as mais indulgenciadas.


I ) Nas contas grandes recitam-se os actos de Fé, Esperança e Caridade com as seguintes fórmulas:


Creio em Vós, Senhor, porque sois a verdade eterna.

Espero em Vós, Senhor, porque sois a fidelidade suprema.

Amo-vos, Senhor, porque sois a bondade infinita.

II ) Nas contas pequenas, reza-se a invocação:


Doce Coração de Maria, sede a nossa salvação.

O Sumo Pontífice Bento XIV e Pio IX concederam muitas indulgências para essa devoção:

- Uma indulgência parcial cada vez que se recita.

- Uma indulgência plenária cada mês, quando se tem rezado ao menos uma vez por dia.

- Uma indulgência plenária em artigo de morte, quando se tem rezado muitas vezes durante a vida.

(Para lucrar a indulgência plenária requer o cumprimento das três condições: confissão sacramental, comunhão eucarística e a oração em intenção ao Papa)

Poucos minutos bastam para rezar esse terço, e pode-se ganhar cada vez pelas almas do purgatório muitas indulgências.


(Livro : Sulfrágio, Editora da Divina Misericórdia)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

COROINHA AO MENINO JESUS DE PRAGA

Pelo sinal da Santa Cruz, dos nossos inimigos livrai-nos Senhor, Deus Nosso.

Senhor meu Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, criador, Pai e Redentor meu.

Por ser Vós quem sóis, Bondade infinita, e porque vos amo sobre todas as coisas, pesa-me de todo o coração ter-vos ofendido.

Também me pesa porque podeis castigar-me com as penas eternas do inferno.

Ajudado pela Vossa divina graça, proponho-me firmemente a nunca mais pecar, confessar-me e cumprir a penitência que me for imposta. Amém.

V. Abri, Senhor, os meus lábios.
R. E a minha língua pronunciará a vossa glória.

V. Acudi, Oh! Deus, em meu auxílio.
R. Apressai-vos Senhor a socorrer-me.

Adorada e glorificada seja a Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.

Adorado e glorificado seja o Pai.

V. O verbo se fez carne.
R. E habitou entre nós.

Pai-Nosso

Primeiro Mistério:

Divino Menino Jesus, bendito e adorado sejas no mistério da vossa Encarnação.

Ave-Maria

Segundo Mistério:

Divino Menino Jesus, bendito e adorado sejas no mistério da vossa Visitação.

Ave-Maria

Terceiro Mistério:
Divino Menino Jesus, bendito e adorado sejas no mistério do vosso Nascimento.
Ave-Maria
Quarto Mistério:
Divino Menino Jesus, bendito e adorado sejas no mistério da adoração dos pastores.
Ave-Maria
Adorado e glorificado seja o Filho.
V. O verbo se fez carne.
R. E habitou entre nós.
Pai-Nosso
Quinto Mistério:
Divino Menino Jesus, bendito e adorado sejas no mistério da vossa Circuncisão.
Ave-Maria
Sexto Mistério:
Divino Menino Jesus, bendito e adorado sejas no mistério da Epifania.
Ave-Maria
Sétimo Mistério:
Divino Menino Jesus, bendito e adorado sejas no mistério da Vossa apresentação no templo.
Ave-Maria
Oitavo Mistério:
Divino Menino Jesus, bendito e adorado sejas no mistério da Vossa fuga para o Egipto.
Ave-Maria
Adorado e glorificado seja o Espírito Santo.
V. O verbo se fez carne.
R. E habitou entre nós.
Pai-Nosso
Nono Mistério:
Divino Menino Jesus, bendito e adorado sejas no mistério da Vossa permanência no Egipto.
Ave-Maria
Décimo Mistério:
Divino Menino Jesus, bendito e adorado sejas no mistério do Vosso regresso a Nazaré.
Ave-Maria
Décimo Primeiro Mistério:
Divino Menino Jesus, bendito e adorado sejas no mistério da Vossa vida oculta em Nazaré.
Ave-Maria
Décimo Segundo Mistério:
Divino Menino Jesus, bendito e adorado sejas no mistério da Vossa perda e encontro no Templo.
Ave-Maria
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre pelos séculos dos séculos. Amém
V. Seja bendito o nome do Senhor.
R. Agora e sempre pelos séculos dos séculos. Amém

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

LADAINHA DE SÃO JOSÉ


Senhor, tende piedade de nós.
Jesus cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.

Pai Celeste que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo que sois Deus, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Santa Maria, rogai por nós.

São José,
Ilustre filho de David,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da Mãe de Deus,
Casto guarda da Virgem pura,
Pai nutrício do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Cristo,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos trabalhadores,
Honra da vida doméstica,
Costódia das virgens,
Amparo das famílias,
Alívio dos miseráveis,
Esperança dos doentes,
Padroeiro dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protector da Santa Igreja,

Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.

V/. O Senhor o constituiu dono da sua casa.
R/ E fê-lo príncipe de todas as suas pocessões.

Oremos.
Ó Deus, que por uma inefável Providência Vos dignastes escolher o bem-aventurado São José para Esposo da Vossa Mãe Santíssima; concedei-nos, que aquele mesmo que na terra veneramos como protector, mereçamos tê-lo no céu por nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

domingo, 5 de setembro de 2010

MEDITAÇÕES SOBRE A DEVOÇÃO E O PATROCINIO DE S. JOSÉ

PRIMEIRA MEDITAÇÃO



MOTIVOS DA DEVOÇÃO A S. JOSÉ


Ponto 1. O primeiro motivo da devoção a S. José é o exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo.


Sendo com efeito o nosso Divino Mestre o modelo por excelência de todo o fiel cristão, nada mais justo que levar-­mos impresso o seu carácter sagrado, esforcemo-­nos em conformar á sua a nossa conducta. Ele mesmo nos mostrou ser esta a sua divina vontade com estas palavras. ˝Dei-­Vos o exemplo, para que vós também facais o mesmo assim como eu fiz˜ (S. João 23, 15).


Agora pois, ainda que o Espirito Santo nos ocultou os testemunhos particulares de respeito e veneração que dera Jesus a São José nos largos anos da sua vida familiar, nos deixou sem obstáculo, revelado o suficiente para formar deles um conceito mais elevado.


Consta, com efeito, do sagrado Evangelho, que Jesus era tido entre os seus concidadãos por filho do artesão José, aprovando-­o ele mesmo com a sua conducta. Consta ademais do mesmo sagrado texto, que Jesus estava sujeito (Sao Lucas, 2, 51) a Maria e a José na sua casa de Nasaré, desde os doze anos de idade até aos trinta. Jesus, pois, honrou na sua vida mortal S. José, já reconhecendo­-o como seu pai adoptivo, ja reverenciado-o e obdecendo-lhe e amando-o qual pudera faze-lo o melhor dos filhos para com o melhor dos pais.


Considera agora a sublimidade e a grandeza da honra, da veneração e do amor de Jesus por José, que se nos revelam em tais actos. Jesus, Filho de Deus vivo, a quem foi dado toda a potestade no céu e na terra, obedece submisso a José durante largos anos.... Jesus, cabeça dos Anjos e dos homens, respeita José como se fosse seu pai.... Jesus, enfim, de quem os Anjos e Santos tem a grande honra de ser ministros e servos fieis, honra, serve e ama José como se fosse seu superior... Quem imaginaria jamais uma honra igual a esta? Como poderemos, pois, deixar de honrar também nós e de venerar este gloriosisimo Patriarca?


Mas. Que honra podemos tributar-vos, oh Santo sem igual, que seja digna de Vós. Ah! Aceitai-de os nossos pobres obsequios, e já que tão pouco valem, alcancai-de-nos a graça de que sejam cada dia mais dignos e de que cresça sempre no nosso coração a devoção e o amor por Vós.


Ponto 2. O segundo motivo da devoção a S. José é o exemplo da Santissima Virgem Maria.


Entre os sonhos misteriosos com que Deus revelou ao antigo patriarca a sua futura grandeza, um foi aquele em que viu como o sol e a lua o adoravam (Gén. 37, 9). Mas o que foi para aquele antigo patriarca um sonho, é aqui que S. José o viu convertido em felicissima realidade na sujeição e obediência com que Jesus e Maria o honraram na sua vida sobre a terra.


Se Jesus, com efeito, verdadeiro Sol de justiça, honrou S. José como Pai, ainda que adoptivo, Maria, essa mistica lua, que recebe e comunica á terra a luz do Sol, ou seja a graça de Jesus Cristo, honrou também a S. José obedecendo-lhe, amando-o e servindo-o qual pode fazer a melhor das esposas com o mais digno dos esposos.


Ela ademais, não só o reconhece e ama como seu esposo, mas também como a pai nutricio de Jesus chamando-lhe ainda em público com esse honrosissimo nome. E por aqui se pode conjecturar, senão compreender, qual foi o amor, o respeito e a veneração com que a divina Maria destinguiria o seu castissimo Esposo em todo o curso da sua vida comum e domestica.


Não, nunca houve no mundo esposa alguma que mais tenha amado, nem melhor servido e obsequiado o seu esposo, que Maria a José, ainda que muito superior a ele em dignidade e santidade. Assim se porta movida pelo exemplo de Jesus e impulsionada pelo sentimento do seu proprio dever, não menos que pelas suas eminentissimas virtudes.


Quando, pois, assim honrou a S. José a Mãe de Deus e Mãe nossa, não deveremos também fazer outro tanto, os que queremos ser seus filhos?


Oh Patriarca santissimo, bem queriamos honrar-vos e ser os vossos mais ferventes devotos, mas... somos tão miseraveis!... Alcançai-nos, pois, por Maria a graça de saber honrar-vos dignamente.


Ponto 3. Outro dos motivos da devoção a S. José, é o exemplo da nossa Mãe Igreja.


No sonho em que o antigo patriarca José viu como o adoravam o sol e a lua, viu também como onze estrelas o adoravam (Gén. 37, 9). o qual, se para aquele filho de Jacob significou a homenagem que um dia lhe haviam de tributar os seus onze irmãos, a respeito do nosso santo Patriarca veio a presagiar como, depois de Jesus e Maria, viriam um dia a inclinar-se ante a sua eminentissima dignidade, os onze apostolos que seguiram fieis a Jesus, bem como a universalidade dos santos, ou seja, a Igreja Santa.


É certo que durante muitos séculos não se deu na Igreja tão sumptuoso culto ao nosso ilustre Patriarca, ocultando-se em parte por justos motivos o brilho da sua gloria. Mas desde que satisfeita a Providencia separar os obstaculos que impediam dar a conhecer ao mundo as eminentisimas prerrogativas de S. Jose, como se viu felizmente realizado no sonho das onze estrelas, que adorabam o antigo filho de Jacob!


Na realidade, de alguns séculos a esta parte a devoção a S. José tem vindo como a formar o caracter dos maiores Santos. Assim mesmo, muitos Sumos Pontifices, não só lhe professaram cordialissima devoção, como também se esmeraram em ordenar a seu favor novas demonstrações de culto público, com o fim de propaga-la.


Estava sem obstáculo reservado á presente e nefasta epoca, o ver S. José elevado pela Igreja a um posto superior ao de todos os demais Santos. Ele com efeito foi exaltado com o titulo de Patrono da Igreja Católica, com o aplauso universal dos fieis e para fomentar nos seus corações a devoção e a confiança feita a ele, o condecorou o imortal Pio IX. Assim acreditou o Papa dever honrar, depois da definição dogmatica da Imaculada Conceição de Maria, ao que foi esposo virgem desta Mãe Virgem.


Que mais, pois, se pode desejar, ou que melhor exemplo e estimulo propor para nos decidir-mos a abraçar de todo o coração a devoção a S. José como a mais util para nós e a mais grata aos olhos de Deus, depois da de Jesus e Maria?


Oh Santo privilegiado! Aqui nos tendes prostrados aos vossos pés, sede o nosso protector e fazei-nos dignos de ser os vossos mais fervorosos devotos.


(Retirado do blogue: Signum Magnum - Pe. Juan Carlos Ceriani)


Tradução livre: Manuel Figueiredo

domingo, 14 de março de 2010

LADAINHA DO SANTÍSSIMO NOME DE JESUS

Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.


Jesus Cristo, ouvi-nos.

Jesus Cristo, atendei-nos.


Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.

Filho Redentor do mundo, tende piedade de nós.

Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.

Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade e nós.


Jesus, Filho de Deus vivo, tende piedade de nós.

Jesus, pureza da luz eterna, tende piedade de nós.

Jesus, Rei da glória, tende piedade de nós.

Jesus, sol de justiça, tende piedade de nós.

Jesus, Filho da Virgem Maria, tende piedade de nós.

Jesus, amável, tende piedade de nós.

Jesus, admirável, tende piedade de nós.

Jesus, Deus forte, tende piedade de nós.

Jesus, Pai de futuro século, tende piedade de nós.

Jesus, poderosíssimo, tende piedade de nós.

Jesus, pacientíssimo, tende piedade de nós.

Jesus, obedientíssimo, tende piedade de nós.

Jesus, brando e humilde de coração, tende piedade de nós.

Jesus, amante da castidade, tende piedade de nós.

Jesus, amado nosso, tende piedade de nós.

Jesus, Deus da paz, tende piedade de nós.

Jesus, autor da vida, tende piedade de nós.

Jesus, exemplar das virtudes, tende piedade de nós.

Jesus, zelador das almas, tende piedade de nós.

Jesus, nosso Deus, tende piedade de nós.

Jesus, nosso refúgio, tende piedade de nós.

Jesus, Pai dos pobres, tende piedade de nós.

Jesus, tesouro dos fiéis, tende piedade de nós.

Jesus, boníssimo pastor, tende piedade de nós.

Jesus, luz verdadeira, tende piedade de nós.

Jesus, sabedoria eterna, tende piedade de nós.

Jesus, bondade infinita, tende piedade de nós.

Jesus, nosso caminho e nossa vida, tende piedade de nós.

Jesus, alegria dos anjos, tende piedade de nós.

Jesus, Rei dos patriarcas, tende piedade de nós.

Jesus, Mestre dos apóstolos, tende piedade de nós.

Jesus, Doutor dos evangelistas, tende piedade de nós.

Jesus, fortaleza dos mártires, tende piedade de nós.

Jesus, luz dos confessores, tende piedade de nós.

Jesus, pureza das virgens, tende piedade de nós.

Jesus, coroa de todos os santos, tende piedade de nós.


Sede-nos propício, perdoai-nos.

Sede-nos propício, Jesus.


De todo mal, livrai-nos, Jesus.

De todo o pecado, livrai-nos, Jesus.

Das ciladas do demônio, livrai-nos, Jesus.

Do espírito da impureza, livrai-nos, Jesus.

Da morte eterna, livrai-nos, Jesus.

Do desprezo das Vossas inspirações, livrai-nos, Jesus.

Pelo mistério da Vossa Santa Encarnação, livrai-nos, Jesus.

Pela Vossa natividade, livrai-nos, Jesus.

Pela Vossa infância, livra-nos, Jesus.

Pela Vossa Santíssima vida, livrai-nos, Jesus.

Pelos Vossos trabalhos, livrai-nos, Jesus.

Pela Vossa agonia e paixão, livrai-nos, Jesus.

Pela Vossa cruz e desamparo, livrai-nos, Jesus.

Pelas Vossas angústias, livrai-nos, Jesus.

Pela Vossa morte e sepultura, livrai-nos, Jesus.

Pela Vossa ressurreição, livrai-nos, Jesus.

Pela Vossa ascensão, livrai-nos, Jesus.

Pela Vossa instituição da Santíssima Eucaristia, livrai-nos, Jesus.

Pela Vossas alegrias, livrai-nos, Jesus.

Pela Vossa glória, livrai-nos, Jesus.


Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Jesus.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Jesus.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós, Jesus.


Jesus, ouvi-nos.

Jesus, atendei-nos.


Oremos:

Senhor Jesus Cristo, que dissestes:

"Pedi e recebereis; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á", nós Vos suplicamos que concedais a nós, que Vo-lo pedimos, os sentimentos afetivos do Vosso divino amor, a fim de que nós Vos amemos de todo o coração e que esse amor transcenda por nossas ações.

Permiti que tenhamos sempre, Senhor, um igual temor e amor pelo Vosso Santo Nome, e não deixeis de governar aqueles que estabeleceis na firmeza do Vosso amor.

Vós que viveis e reinais para todo o sempre. Amém.

MÊS DE JANEIRO EM HONRA DO SANTÍSSIMO NOME DE JESUS


No dia 1 de Janeiro a Igreja concentra a sua atenção no mistério da divina maternidade de Nossa Senhora (que tem a sua festividade própria no dia 11 de Outubro, aniversário do concílio ecuménico de Éfeso realizado no ano de 431, nele foi proclamado contra Nestorio) e na circuncisão do Menino nascido em Belém, ao que se impôs este rito o Santíssimo Nome de Jesus, o que o arcanjo Gabriel tinha indicado a Maria na anunciação e a São José em sonhos, o “Nome que está acima de todo o Nome”, ante o qual “todo o joelho se dobre no céu, na terra e no abismo”, como diz São Paulo (Fil 2. 9-10). Jesus (do hebreu Jehoshua) significa “o que salva”; e mais: não há outro nome pelo qual nos venha a salvação, segundo proclamou São Pedro no seu primeiro sermão no dia de Pentecostes (Act. 4, 12). De ai que “se confessas com a tua boca que Jesus é o Senhor e crees no teu coração que Deus o ressuscitou de entre os mortos, serás salvo” (Rom. 10, 9-10).


Não nos salvamos, pois, nem por Brahma, nem por Buda, nem por Amaterasu, nem por Ála, nem por Mahome, nem por Lutero, nem por Calvino, nem pelo Anjo Moroni, nem por nenhuma outra deidade fabricada por homens ou fundador de religião humana.


Salvamo-nos por Jesus, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, o Verbo encarnado por obra do Espirito Santo no sei purissimo da Mãe sempre Virgem, o Cristo, o ungido do Pai como Sumo Sacerdote, Rei Eterno e Profecta por antonomasia. E os que se salvam nas destintas religiões, todos os homens de boa vontade, que procuram sinceramente a Deus nos seus corações e vivem segundo a lei natural, devem também a sua salvação a Jesus, ainda não o conheçam: salvam-se nas suas religiões, mas em virtude das suas religiões (que são falsas), destino graças á misericordia de Deus que se derramou por Jesus e no seu bendicto Nome, causa da nossa saúde eterna.


A Igreja instituiu a festividade em honra do Santíssimo Nome de Jesus, fixando-a no domingo entre a Circuncisão e a Epifania se este domingo não tiver lugar, no dia 2 de Janeiro. O Santo Nome de Jesus que é mel para os labios e alegria para o coração, que fazia as delicias de São Bernardino de Sena (1380-1444), o qual se constituio no seu grande apostolo e a quem se deve a introdução da festividade na ordem seráfica a que pertencia e que contribui-o a difundi-la até que o Papa Inocencio XIII a extendeu a toda a Igreja em 1721. Também a Companhia de Jesus foi uma grande divulgadora do Nome que a preside, cujo o monograma e celebre. Todo o mês de Janeiro está dedicado especialmente ao Santíssimo Nome de Jesus. Santifiquemo-lo cotidianamente, recitando as formosas Ladainhas que lhe estão dedicadas, tal como figuram no Ritual Romano e cujo o texto abaixo trancrevemos e ofereço a devoçao aos leitores, a quem desejo um bom ano e que vos traga Paz e Bem.



Retirado de: http://costumbrario.blogspot.com/2009/01/mes-de-enero-en-honor-del-santsimo.html

Traduçao Livre: Manuel Figueiredo

domingo, 28 de fevereiro de 2010

ORAÇÃO PODEROSA AO MENINOS JESUS DE PRAGA


Oração para pedir favores ao Menino Jesus de Praga, revelada pela Virgem Maria ao Pe. Cirilo, Carmelita Descalço.


Ó Menino Jesus, a Vós recorro e vos suplico pela intercessão de Vossa Santíssima Mãe, assisti-me nesta necessidade (pede-se a graça), porque creio firmemente que Vossa Divindade me pode socorrer.


Espero com toda confiança obter a Vossa santa graça. Amo-vos de todo o meu coração e com todas as forças da minha alma. Arrependo-me sinceramente de todos os meus pecados, e vos imploro, ó bom Jesus, que me fortaleceis para que eu possa ser vitorioso. Proponho-me a não vos ofender e me ofereço a Vós, dispondo-me a sofrer antes de fazer-vos sofrer.


Doravante, quero servir-vos com toda a fidelidade, e por Vosso amor, ó Menino Deus, amarei o meu próximo como a mim mesmo. Menino omnipotente, Senhor Jesus, mais uma vez vos suplico que me atendeis nesta necessidade (apresenta-se o pedido). Concedei-me a graça de vos possuir eternamente, na companhia de Maria Santíssima e São José, para que eu vos possa adorar com todos os anjos na Corte Celestial. Amém.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

ACTO DE CONSAGRAÇÃO AO MENINO JESUS DE PRAGA


Amabilíssimo e miraculoso Menino Jesus de Praga, sois aclamado pelos inumeráveis e extraordinários favores que concedeis a todos que os invocam. Nossa alma, presa a Vossos divinos encantos de menino, nunca vos esquecerá. Hoje ela se recolhe sob Vosso manto real, para gozar da paz que nos prometestes e receber Vossa bênção divina, para deste modo crescer em santidade e virtudes. Por isto nos consagramos servilmente a Vosso santo serviço; queremos ser devotos ardorosos de Praga. Filhos do Vosso amor, corresponderemos á Vossa predileção pelas nossas almas, oferecendo-vos, agora e para sempre, tudo o que somos, tudo o que desejamos; a vida dos nossos sentidos, as aspirações do nosso coração, os amores das nossas almas que vos pertencem por direito de filiação e dívida de conquista, ao nos criardes e nos redimirdes.


Divino Menino, Rei de Praga, Deus da Infância. Aceitai a nossa oferta, tornai-a eficaz através do Vosso poder infinito para sermos Vossos por todo o sempre, na terra e no céu. Assim seja.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

ORAÇÃO PELOS MISSIONÁRIOS


Coração de Jesus, estendei um olhar para as terras dos infieis, e para os trabalhos dos missionários, que por vosso amor e pelas almas tão preciosas para Vós, abandonaram a sua casa, a sua pátria e os seus afectos mais intimos. Bendizei os seus trabalhos, e concedei-lhes a graça de repartir o pão da divina Palavra entre os mendigos da Verdade. Fazei-lhes sentir que Vós estais com eles nos seus trabalhos e preocupações, e dai-lhes a graça de perseverar até ao fim, na vida de abnegação para que os escolheste. Sagrado Coração de Jesus, por amor da vossa mesma glória, protegei e fazei fructificar os esforços dos vossos missionários. Amén.



Tirado: http://costumbrario.blogspot.com/

Tradução livre: Manuel Figueiredo