"Uma oração sem fé é uma fórmula vazia. Quem é tolo a ponto de perder tempo pedindo algo em que não crê?
A fé é o manancial; a oração, o riacho. Como pode correr o riacho se o manancial está seco?"
(Santo Agostinho)

sábado, 1 de fevereiro de 2014

SÃO JOSÉ - POESIA

SÃO JOSÉ



(Poesia)

O mundo, tempo atrás, achou-se em estupor
Quando o astro do dia, o áureo semeador,
Que na azul amplidão seu roteiro conduz,
Deixando a glória entrar no campo dos hebreus,
Ao mando dum mortal fez parar lá nos céus
Seu carro esplêndido de luz.

Mas, não foi tal milagre ao cimo do fastigio,
Não foi senão a voz dum mais alto prodigio;
Um homem casto e doçe, alma ás lutas submissa,
Viu, não uma vez, mas mil, lá nos espaços
Atendê-lo... mover-se... e seguir os seus passos
O sol divino da Justiça.

Aquele, cuja a voz o mundo fecundou,
Que fez o mar furente e a fronte pura ornou.
Que os etéreos jardins floriu com resplendores,
Que os berços povoou de anjinhos para a altura,
Que os anjos a cantar escutam-no em ventura,
Prostrando-se ante seus fulgores...

Aquele se submete ás ordens de José
Que da Familia santa é o guia e chefe até...
E Filho, o Poderoso o escuta... Oh, maravilha...
Seus sonhos divinais... Seus divinos anhelos
Entrega docemente aos conselhos singelos
Do humilde pai que lhe abre a trilha.

Que amor ao coração dos dois mil ali se impõe...
E aquela hora, José, entre a humildade expõe:
Quando, á noite, Jesus mansamente adormece,
Nos pés dessa criança, as cans ele repousa.
Perto da Virgem Mãe... e longo tempo goza
Momentos de extâse e de prece.


Fonte: Os Ensinamentos de Nazareth – 1941

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